sábado, 25 de agosto de 2012

Não mereço.


Olá amiguinhos,

Fiquei um bom tempo sem aparecer por aqui, não? Eu sei, mas é que as semanas passadas foram bem conturbadas, e nessa entre safra até doente estive.
Mas o que me traz aqui hoje é que preciso desabafar e dizer: Eu não mereço mais isso.

Terminei um namoro recentemente, em abril para ser mais exata, e em maio já estava saindo com Carlos Daniel Bracho. Meu namoro terminou entre outras coisas por causa de ciúme, ele era muito possessivo, possessivo ao ponto de brigar comigo por eu chegar 10 minutos atrasada depois da aula da faculdade. (Era um namoro à distância, já começa por aí, mas isso não vem ao caso por hora).
Enfim, essa introdução toda somente para dizer que Carlos Daniel está traçando o mesmo caminho. Explico melhor:

Na semana passada em que estive doente Carlos Daniel foi convidado a ir à praia e me convidou para ir junto. Disse que não poderia ir por estar doente, e ter uma prova no fim de semana. Ele disse que ficaria aqui para me fazer companhia, mas que seria difícil me ver porque sua mãe encrenca muito. (Nem entrarei neste mérito, mas saibam que ele não tem 12 anos). Ou seja, ficar aqui para nada, não é mesmo?
Disse a ele que fosse, e que não se preocupasse comigo, pois iria ficar bem.

Ao chegar à praia, me ligava todos os dias, quase como se estivesse me devendo algo, quase como se estivesse me dando satisfações. (Lembrando aqui que não temos nenhum compromisso). Creio, e aqui acho que é realmente verdade, que ele estivesse se sentindo culpado por ter me deixado aqui sozinha, e por isso tentou me compensar de alguma forma. Só que, ele me ligando, me deixou pior, pois eu sabia que ele estava se divertindo, enquanto eu convalescia na cama.
Até aí, ok. Fiquei chateada em um primeiro momento, mas nem falei nada. Só que, veja só como são as coisas, essa semana quem ficou doente foi ele. 
Quanto a isso, fiz minha parte, perguntei se ele precisava de algo, me ofereci para ir ao hospital com ele, fiz tudo o que estava ao meu alcance. Quando foi de noite, seu irmão o levou ao hospital. Nesse ínterim, amigos meus, que não via há tempos me chamaram para sair. Aceitei, até porque, não saia há alguns fins de semanas. Quando saí, lhe deixei um recado no MSN, dizendo que sairia e que se ele precisasse de algo, que me ligasse. Primeiro que, não devo satisfação nenhuma a ele, e mesmo assim o fiz, por achar que é sacanagem não avisar. Já ouvi o “não te devo satisfação nenhuma da minha vida” de outra pessoa, e acho que isso me traumatizou pelo resto de minha existência, por isso, jamais falaria isso para alguém. Mas, enfim.

No outro dia, nego virou um bicho. Nossa, como você sai sem avisar, enquanto eu estou doente, e você nem se preocupa comigo, e tem uma foto sua com um cara aí no facebook e mimimi, mimimi e mais mimimi.  Falou um monte de coisa, um monte de coisa mesmo. Disse que iria mudar seu jeito de ser comigo porque, segundo ele, “esperamos que as pessoas façam o mesmo que faríamos”. Disse a ele que essa lição aprendi desde pequena, e que isso é o motivo maior de nossa decepção com as pessoas e que era bom ele aprender logo.

Essa discussão se deu por horas e sabem? Não mereço. Não mereço mesmo. A pior coisa que se pode fazer em um relacionamento é tentar controlar a vida da outra pessoa. Você pode até tentar controlar, mas faça isso com elegância, faça isso manipulando muito bem, jogando muito bem com as palavras, com as situações e com os mecanismo de recompensa, porque do contrário você acaba levando a fama de louco neurótico.

Foi bem como Heleninha disse:

"Você fica doente, eu viajo. Eu fico doente e você deve convalescer ao meu lado."

*Negro, por favor. 




Paola. 


*Lembrando que esta é a tradução da expressão inglesa "nigga, please" e que este blog não faz nenhuma apologia ao racismo e outras formas de discriminação. 

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