quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Pussy Riot

Nunca tinha ouvido falar da banda punk feminista com letras abertamente anti-governo de Vladimir Putin, nem mesmo depois do show polêmico, realizado na Catedral do Cristo Salvador em Moscou. Tal evento mantêm detidas, até hoje, três das integrantes. As meninas se juntaram em setembro de 2011, depois que Putin anunciou que se candidataria novamente em 2012.
A banda, que se recusava a tocar em "shows normais", promoviam uma série de "shows ilegais", incluindo na Praça Vermelha (praça central de Moscou e de toda a Rússia. Onde aconteciam os desfiles militares soviéticos durante a extinta União Soviética).


Em fevereiro, realizaram um show na Catedral do Cristo Salvador em Moscou. Em março, Putin retornou ao poder. Yekaterina Samutsevich (29 anos), Nadezhda Tolokonnikova (23 anos e mãe) e Maria Alyokhina (24 anos e mãe também) ainda estão sob custódia e podem ser condenadas de três a sete anos de prisão. O veredito deve sair na semana que vem, dia 17 (isso se já não tiver saído, do jeito que ando desinformada).


O que me chamou mais atenção é que não vi nenhuma movimentação punk a respeito do assunto. Não li um artigo de colega, nem manifestação em rede social. Por enquanto, vi somente Madonna e Yoko Ono se manifestando. Achei lindo o que a Madonna fez em seu show, tocando encapuzada, como as meninas fazem, e mostrando PUSSY RIOT escrito em suas costas. Defendeu bravamente o trio feminino que está detido acusado de vandalismo motivado por ódio religioso.
Ódio religioso, oi? Não seria apenas um protesto contra os líderes e fiéis ortodoxos que apoiaram e ainda apoiam Vladimir Putin?

Os fiéis ortodoxos e seus líderes (grandes filhos da puta) se recusam a dar perdão para o acontecido e queimaram um poster de Madonna (HAHAHAHAHA MADONNA CHORA, COM CERTEZA) e Dmitri Rogozin, vice-primeiro-ministro russo, xingou-a de "puta velha" no Twitter. Teve tanta repercussão, que o show que a rainha do Pop faria em São Petersburgo estava sob ameaça de terroristas.


Sei que as meninas ganharam uma grande admiradora. Começando pelo nome da banda, que sugere a "rebelião" de um órgão sexual que, teoricamente, deveria só receber coisas enrijecidas. Isso sim é revolução; querer mudar governo que oprimem, sexistas que acham saber o certo. 

Não ficaram como o vice-primeiro-ministro e alguns coleguinhas, xingando muito no Twitter!

Heleninha.

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