sábado, 29 de dezembro de 2012

Faxina

Olá, amiguinhos.

Agora que a titia Heleninha arrumou um emprego (aleluia, exú tranca salário saiu de sua vida), titia Paola está no ócio, e são nessas horas que começamos a caçar coisas para fazer.
Depois de ter visto vários seriados essa semana, de já ter percorrido os 4 cantos da internet, e ter lido um livro inteiro, decidi que era hora de mexer no meu 'lixo' virtual.

Nessas reviradas entre fotos, e emails antigos, achei o meu velho blog, e nele um diálogo que, puta que me pariu, eu não poderia deixar de colocar aqui. Apesar desse episódio ter acontecido em 2009, se não me engano, continua atual como nunca, resumindo bem a minha vida amorosa. rsrs. (são diálogos com a mesma pessoa - um ex amiguinho in colors). Segue:

Diálogo número 1:



- E aí Paola, oq vc está fazendo ?
-Nada, e vc?
-Também nada.. Quer vir aqui pra casa?
-Ah, não sei.. fazer o que ?
-Tomar um vinho, sei lá... 
-Ahh, tá bom, mas como eu vou?
-Vou te buscar... ou não.
-Ou não?
-Ahhh.. to com preguiça... 

Puta que me pariu!!! Tô com preguiça? Meu cu! Pra que convida então? Gente, eu não entendo isso, por que vem convidar? Me deixa aqui quieta, karalhoo.


Diálogo número 2: 

-Olá, Paola
-Olá :)

-Voltei pra academia...
-Hmm, que legal hem.. vai virar um touro.
-Touro não pq tem chifres né..
-Ha ha hem, hilária essa.. Bozo mandou lembranças..
- :p
-Eu é que estou precisando emagrecer.
-Se vc emagrecer eu caso com você.


Gente!! SE você emagrecer.. isso quer dizer o que ? Que eu não mereço ser feliz por que não estou magra.. 
Tipo, gordas não merecem se casar, né? 



                                                                    P.O.R.R.A


Paola.


PS: Os comentários abaixo dos diálogos foram feitos por mim na época.
PS2: Preguiça de comentá-los hoje, apenas me reservo o direito de mandar.tomar.no.cu.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Karma is a bitch!

Olá, amiguinhos.

Não quero aqui escrever uma retrospectiva de 2012, até porque acho essas coisas de escrever retrospectivas e de dizer que o próximo ano será diferenZzzZz bem imbecil e me deixam deveras com preguiça.
Mas estou aqui a fim de escrever porque estou com ganas disso, urge em mim este desejo, e não tenho mais nada para escrever se não sobre meus últimos acontecimentos.

Este ano terminei um relacionamento (bem conturbado, diga-se de passagem - também vou escrever sobre ele mais pra frente) e, logo em seguida, engatei outro. Foi bom para mim, e para mim apenas. Explico.

O sujeito que conheci aparentemente caiu de amores por mim, mas eu estava naquela fase chororô/bebendoeternamenteparatentaresquecer e, por óbvio, jamais pensaria em engatar algo sério logo em seguida. E então o sujeito se rastejou, se humilhou, e suplicou pelo meu amor por várias e várias vezes, e eu, implacável - coração gelado faz aqui um discípulo. O problema deste sujeito, além das dorgas, obviamente, era que ele criava situações dramáticas, hipérboles sentimentais, e atos que deixariam as epopeias de Homero com inveja. E sério, eu não tinha saco para isso no momento. Estava demasiadamente preocupada em viver minha vida (a.k.a estudar pra caralho pra uma prova), que nem me dei conta de que, talvez, eu estivesse fazendo tudo errado nesta seara da minha vida.

Fui negligente, confesso. Deixei as coisas tomarem proporções gigantescas que poderiam ser evitadas se eu conseguisse ficar a porra do período sozinha. Mas não, ficar sozinha é difícil demais, cuidar de si mesma sozinha é uma tarefa das mais ingratas e difíceis, e eu, não sendo exceção à regra, não consegui. Foi então que fui me afundando e deixando a coisa chegar em uma situação tão bizarra que o sujeito se achava 'dono' de mim. O que fazer então, pensou a gélida Paola? Claro, a melhor solução é cortar, cortar pela raiz, cortar como se nunca houvesse acontecido nada entre os 2 seres. E foi isso o que eu fiz, sem remorsos, sem choros (de minha parte), sem culpa.

E agora amiguinhos, vejo por aquele site de relacionamentos que o sujeito engatou um relacionamento sério com uma pessoa que, segundo ele, sempre foi apaixonada por ele, mas que ele desprezava porque ela.não.era.bonita (sic). Creio que aqui caibam estrondosas risadas, sinta-se à vontade, caro leitor.

Pois é, e quem conhece a história e seus personagens sabe que ele não é das belezas mais universais, enfim. Isso não entra aqui. O fato é que tudo isso me fez pensar bastante. Além dos meus risos internos de na minha imaginação confrontá-lo com um "E aí? A fulana não era feia pra você?", me fez pensar bastante também no fato de que isso é horrível, é uma atitude muito mesquinha de minha parte. Veja bem, se fosse um sujeito que não tivesse nenhum tipo de sentimento por mim, ou que quisesse só passar o tempo, tudo bem, o problema é quando sentimentos são envolvidos.

E agora que o vejo, aparentemente bem, não sei dizer exatamente se, ou porquê, isso me incomoda. Não é um me incomodar com a felicidade dele, é um me incomodar com o 'he moved on' e você ainda está aí, nessa mesma situação. Semi alcólatra, obesa, sem prospectos de relacionamentos no mínimo felizes.

É reclamar de barriga cheia? Talvez seja. Mas uma coisa é certa:

Karma is a bitch, e ela voltará para te pegar.


Um beijo,

Paola.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

O ratinho da minha infância.

Hoje eu fui às Lojas Americanas, na parte de CDs e encontrei um com histórias da Gata Borralheira. Lembrei-me dos tempos de menina. Eu tinha um CD de história de João e Maria. Em uma determinada parte, quando a Bruxa os prendia (para engordá-los no intuito de comê-los depois), eles choraram. Então aparecia um ratinho que dizia irritante e repetidamente: "chorar não adianta, é preciso agir".

Quando comecei meu processo de reconstrução, no fim de 2008, chorei por muito tempo, até começo de 2010. Foi então que me lembrei desse ratinho e comecei agir. Conforme disse no post anterior, a fase do choro é aquela que a gente se encolhe no fundo do mar, a fim de tomar impulso para voltar à superfície. Quando a onda passa e você consegue ver o sol, é hora de emergir.

A fase do choro passou, agora sinto que nado em direção à superfície. Meus braços e pernas estão quase sem forças, o ar me falta. Cada hora que passa tudo se torna mais difícil, entretanto, o sol fica mais tangível – única razão para continuar. Ainda que difícil, só consigo nadar assim porque soltei os grilhões que me prendiam.

A liberdade que eu conquistei tem um valor inenarrável. Saber que posso fazer o que eu quiser, sem culpa e sem ser castigada pelas leis superegóicas do inconsciente e da religião. Apesar de sentir que pecado, punição e inferno são ainda muito presentes em mim, feito gado marcado com ferrete. É o que faz eu manter minha integridade física. Só então vejo que o que me torturou por tantos anos, é o que me mantém neste mundo; é como uma espécie de reciclagem do lixo psíquico. No fim, somos obrigados a amar algo na vida para permanecer nela.

Heleninha.