segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Drive your car, live your life.

No começo da semana passada pensava sobre a relação de como as pessoas dirigem seus carros e como dirigem suas vidas. É tão parecido. Uma pessoa afobada no trânsito, tem um perfil. Uma pessoa mais desatenta, tem outro perfil, completamente diferente. Como você lida com o mundo quando está atrás de um volante, é mais ou menos como você lida com sua vida, de um modo geral.

O que me motivou a pensar sobre foi uma leve batida que eu dei numa moto. Olhando meu histórico de acidentes envolvendo terceiros, foi a primeira vez. E, partindo do princípio de que nada (N.A.D.A) acontece ao acaso, porque ali? Porque aquele dia? Porque aquela moto? Porque aquele cruzamento? - que eu sempre tive medo, diga-se de passagem. Qual a relação da música que eu escutava com a batida? Quais eram meus sentimentos na hora em que o fato aconteceu?

Depois disso, em menos de duas semanas de diferença, bati e entortei a mesma roda duas vezes. Porque a mesma roda? Qual a razão de ser protagonista de três pequenos "acidentes" em tão pouco tempo? O que meu inconsciente quer me dizer?

A depressão existe, ela está me cercando o tempo todo. Isso eu nunca neguei. Vem sorrateira, sorridente, de braços abertos, como quem dissesse: "venha aqui, vamos nos entrelaçar e dançar a dança da morte". E aí não posso não me lembrar de Estamira, quando diz: "a minha depressão é imensa, a minha depressão não tem cura". Micro suicídios, leves acidentes que só pesam no bolso, lacerações pelo corpo o tempo todo.

Mas isso é igual traição, sempre tem um momento que você decide ir ou não. O momento da escolha sempre existe. Você pensa em todos os prós e contras da sua relação e decide que se embolar com outra pessoa, porque isso te dá mais prazer do que seu companheiro (a). Ah, o momento da escolha, sempre ele, onde você vê que já passou dos limites da brincadeira e sabe que terá que decidir ser infiel ou não. Na depressão você pesa os prós e contras da sua self-relação e escolhe se é melhor manter-se fiel a você mesmo ou se entregar.

Meta até o meio do ano, voltar para a terapia. Aceitar a minha solidão Instável. Procurar a verdade e tomar a dose dela que me cabe. Espero que até lá eu não tenha morrido, sem querer.

Heleninha

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